À medida que o cenário empresarial continua a se transformar, a atenção voltada para práticas sustentáveis e éticas se torna cada vez mais premente. Nesse contexto, a edição 2023 do Troféu Transparência – Prêmio ANEFAC busca lançar um olhar mais aprofundado sobre o papel das empresas na atual “Era da Responsabilidade”, caracterizada pela crescente conscientização sobre a importância das ações corporativas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à governança.
Organizado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), este prêmio reconhece e premia as organizações que estabelecem os mais elevados padrões de integridade e prestação de contas no cenário empresarial. Para a 27ª edição deste prêmio, a entidade reuniu uma equipe de avaliadores altamente capacitados, incluindo líderes executivos, profissionais acadêmicos e especialistas em finanças.
O processo de avaliação envolveu uma análise minuciosa das demonstrações financeiras de um grupo seleto de empresas, levando em consideração mais de 40 critérios de avaliação. Esses critérios abrangiam desde a consistência interna das informações até a qualidade dos relatórios da administração, a precisão das notas explicativas e a divulgação de informações relacionadas ao ESG (Ambiental, Social e Governança).
A avaliação envolveu uma grande equipe de executivos e docentes, composta pela Diretoria Executiva do Prêmio, Comitê Técnico, Comitê Acadêmico e Comissão Avaliadora. Universidades renomadas, como a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Insper, desempenharam um papel crucial no processo de avaliação, garantindo a imparcialidade e a excelência na seleção das empresas merecedoras deste prestigioso prêmio.
Inicialmente, as demonstrações contábeis passam por uma triagem inicial com base em um questionário desenvolvido especialmente para esse propósito. Eric Martins, membro da Comissão Avaliadora, explica que, em seguida, aquelas que obtêm as melhores qualificações nessa triagem são avaliadas pelo comitê de avaliação, que seleciona as 10 melhores em cada uma das três categorias (até 5 bilhões de faturamento, entre 5 e 20 bilhões e acima de 20 bilhões). Posteriormente, é escolhida a vencedora em cada categoria. “O comitê final de avaliação é composto por 5 membros que votam no formato de ‘blind review’, ou seja, sem conhecimento das escolhas dos demais. Essa abordagem de votação é modificada apenas em caso de necessidade de discussões adicionais para resolver empates.”
Também integrante da Comissão Avaliadora, Vania Borgerth, acrescenta que não houve alterações no processo em relação ao ano anterior. “A primeira fase consiste na identificação das dez empresas que mais se destacaram nas três categorias do prêmio. Em seguida, cada jurado deve indicar, em cada categoria, quais são as três empresas que melhor atendem aos critérios do prêmio. Cada jurado atribui uma nota a essas três empresas. O resultado final é obtido pela consolidação dessas notas.”
Na visão de Martins, o principal ponto a ser ressaltado no processo de avaliação é a seriedade e independência do mesmo. “Ou seja, não há nenhuma ingerência de nenhu