A sustentabilidade corporativa tem se tornado um fator estratégico fundamental para as empresas que desejam se destacar no mercado global. A adoção de boas práticas de governança relacionada a temas ESG (Ambiental, Social e de Governança) é essencial para fortalecer a reputação, garantir a conformidade regulatória e ampliar o acesso a investimentos responsáveis. Índices de sustentabilidade, como o ISE da B3, representam critérios de avaliação que refletem o comprometimento das companhias com esses princípios. Assim, a evolução contínua na gestão ESG se torna uma vantagem competitiva e um diferencial no cenário atual.
A conquista do topo do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 pela Lojas Renner S.A. reflete avanços significativos em diversas áreas da sua governança de sustentabilidade. Segundo Eduardo Ferlauto, diretor de Sustentabilidade da companhia, essa posição resulta de ações concretas, como a revisão periódica da materialidade da empresa, que mantém atualizados os principais assuntos relacionados a temas ESG.
Além disso, a companhia investe em um processo de melhoria contínua, revisando anualmente os temas priorizados nos índices ESG, além de acompanhar de perto as tendências de mercado, o que permite antecipar movimentos e se preparar para eles.
Um exemplo citado por Ferlauto foi a gestão das normas IFRS S1 e S2. A Lojas Renner iniciou discussões sobre o tema ainda no final de 2022, com o seu comitê de sustentabilidade. Essa iniciativa possibilitou que a empresa agisse assim que as normas foram regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em outubro de 2023.
A partir daí, a companhia realizou um diagnóstico e decidiu pela adoção antecipada em agosto de 2024, preparando-se para divulgar seu primeiro relatório — cujo prazo estipulado pela CVM é até setembro de 2025. Essa estratégia de incorporar as normas ao seu planejamento e ações estratégicas dá à Renner uma vantagem competitiva e permite explorar um terreno ainda pouco percorrido por outras empresas, consolidando seu diferencial no mercado.
Ferlauto reforça ainda que, além da avaliação no ISE, outros fatores influenciam o peso de uma ação na carteira do índice. Os rebalanceamentos quadrimestrais, por exemplo, são essenciais para manter a carteira alinhada com os critérios de elegibilidade, avaliação e peso das ações, considerando aspectos de negociabilidade e evitando concentrações excessivas. Essas avaliações envolvem critérios tanto de avaliação das empresas, pelo Score ISE B3 e outros indicadores, quanto do mercado, analisando fatores como fusões, aquisições ou eventos que possam afetar a posição da empresa no índice.
