No ambiente corporativo atual, onde a transparência e a qualidade das informações financeiras e não financeiras se tornaram essenciais para a tomada de decisões de investidores, reguladores e demais stakeholders, a avaliação rigorosa e a robustez dos relatórios anuais representam um diferencial estratégico. Os postos-chave, que são os critérios de seleção das ganhadoras do Troféu Transparência em 2025, incluem desde o alinhamento do Relatório de Administração com as demais notas explicativas até a clareza, a concisão e a transparência na comunicação. Além disso, o foco recai também em ações de sustentabilidade, governança corporativa e a oferta de informações que agregam valor, como indicadores ESG, EBITDA e valor econômico agregado, além do acompanhamento das normas contábeis e da ausência de ressalvas nos pareceres de auditoria. Sob um forte processo de governança, a estrutura de análise das demonstrações financeiras ganhadoras é composta por:
Diretoria Executiva ANEFAC: Andréia Fernandez, Antonio Carlos Machado, Bolí Rosales, Alexandre Velilla, Gennaro Oddone e Wagner Petelin.
Comitê Técnico: Clovis Ailton Madeira (ANEFAC), Adriano Rodrigues (UFRJ), Alexandre Gonzales (Insper), Cecília Geron (Mercado), Fabiana Lopes (Fipecafi), Fabiano Lima (USP – Ribeirão Preto), Flávio Riberi (Fipecafi), Pier Paolo (Mercado), Rosana Gonçalves (USP – Ribeirão Preto), Vagner Marques (UFES).
Comissão Julgadora: Pedro Farah (Conselheiro), Marta Pelucio (Conselheira), Amaro Gomes (Mercado), Vania Borgerth (Fucape) e Raquel Sarquis (FEA).
Critérios de análise de 2025
“Em relação à premiação deste ano, os principais atributos continuam sendo a qualidade da apresentação das informações nas demonstrações financeiras como um todo, a excelência do Relatório da Administração e seu apropriado relacionamento com o conteúdo das demonstrações e a divulgação das práticas de sustentabilidade adotadas pelas Companhias.” – Clovis Ailton Madeira
“Um ponto que consideramos bastante importante em nossas análises foi valorizar as empresas que não se limitaram a trazer informações normativas que já são de conhecimento geral, mas aquelas que conseguiram detalhar e explicar informações específicas e relevantes da própria empresa. Por isso, torna-se necessário reconhecer e premiar as empresas que se destacam neste quesito da transparência. Cabe ressaltar que nossa análise buscou verificar a capacidade de explicação e esclarecimento dessas demonstrações financeiras, incluindo as informações trazidas no Relatório da Administração e a qualidade das Notas Explicativas em esclarecer pontos estratégicos das empresas analisadas.” – Adriano Rodrigues
“O Troféu Transparência foi criado com o propósito de reconhecer a qualidade das informações apresentadas nas demonstrações financeiras. Entre os principais fatores que conferem transparência, destaco a clareza e a coerência — tanto quantitativa quanto qualitativa — das informações, a conformidade com as normas contábeis, além da consistência das notas explicativas e do Relatório da Administração, que deve abordar de forma adequada os riscos e incertezas. Sempre reforço que as demonstrações financeiras precisam ser cada vez mais úteis aos seus stakeholders, e não apenas elaboradas para atender às exigências legais. Vale lembrar que, ao falarmos de demonstrações financeiras, não nos referimos apenas às peças primárias, mas também ao Relatório da Administração. Esse documento é um elemento-chave de comunicação, que deve estar plenamente alinhado às demais demonstrações, explicando com clareza o que ocorreu no exercício, apresentando uma visão realista do presente e oferecendo perspectivas sobre o futuro da companhia. Esses são, em minha análise, os pontos centrais que orientam a escolha da empresa a ser reconhecida com o Troféu Transparência.” – Wagner Petelin
“O processo de aprendizado em torno das normas internacionais de contabilidade iniciou-se, no Brasil, em 2010, com a adoção dos IFRS/CPCs pelas companhias listadas. Ao longo de 15 anos, somados aos 14 anos de expertise acumulados pela ANEFAC — fruto do know-how de distintos executivos que integram ou integraram o quadro de avaliadores da instituição — consolidou-se uma visão comparativa e evolutiva sobre as práticas contábeis. A análise dos relatórios das empresas inscritas no Prêmio Transparência ANEFAC 2025 nos remete, inevitavelmente, às vencedoras de 2024, permitindo identificar avanços significativos, mas também retrocessos ocasionais. Cada novo ciclo, entretanto, é inaugurado com a vantagem de termos como referência o que de melhor foi produzido no período anterior, constituindo-se em importante parâmetro crítico para todas as instâncias de avaliação e, em especial, a comissão técnica responsável por analisar atributos essenciais de enquadramento da empresa inscrita, previamente ao processo de avaliação detalhada pelas Academias. Participar do Prêmio Transparência exige das companhias mais do que a mera reprodução de práticas vencedoras de anos anteriores. A dinâmica empresarial é mutável, e cada empresa está em constante transformação. Em 2025, testemunhamos iniciativas pioneiras na elaboração de relatórios de sustentabilidade alinhados às diretrizes do ISSB, fato que impõe às organizações um desafio adicional: assegurar a consistência das informações, mesmo em níveis de desagregação inéditos até então. Em paralelo, observa-se uma tendência histórica de racionalização das notas explicativas, buscando-se a concisão e o agrupamento de informações — como ocorre, por exemplo, na integração das descrições de políticas contábeis a tabelas com detalhamentos específicos de determinadas rubricas.” – Flavio Riberi
“A comissão técnica, ao premiar as demonstrações financeiras (DFs), deve destacar a rentabilidade sustentável e a eficiência operacional, demonstradas pelo acompanhamento da Demonstração de Resultados (DRE) e do Balanço Patrimonial em relação aos indicadores de mercado e às metas da empresa. Lembrando sempre que os números deverão cada vez mais ter uma visão clara e alinhada com as expectativas do mercado, pois a ferramenta contábil está mais eficiente e importante para a tomada de decisões.” – Pier Paolo Atti
“Um ponto que consideramos bastante importante em nossas análises foi valorizar as empresas que não se limitaram a trazer informações normativas que já são de conhecimento geral, mas aquelas que conseguiram detalhar e explicar informações específicas e relevantes da própria empresa. Por isso, torna-se necessário reconhecer e premiar as empresas que se destacam nesse quesito de transparência. Cabe ressaltar que nossa análise buscou verificar a capacidade de explicação e esclarecimento dessas demonstrações financeiras, incluindo as informações trazidas no Relatório da Administração e a qualidade das Notas Explicativas em esclarecer pontos estratégicos das empresas analisadas.” – Adriano Rodrigues
“Como membro da comissão técnica e professora do magistério superior, tive a honra de participar do processo de avaliação das demonstrações financeiras que concorreram ao Prêmio ANEFAC – Troféu Transparência 2025. Este ano, o ponto de maior destaque observado foi a capacidade das empresas de comunicar com clareza e maior detalhamento os impactos econômicos, sociais e ambientais em suas demonstrações financeiras, indo além da conformidade normativa e evidenciando um compromisso maior com a transparência corporativa. O processo de escolha foi conduzido com rigor técnico e metodológico. Iniciamos com uma triagem criteriosa realizada pela Diretoria Executiva da ANEFAC, seguida por análises aprofundadas do Comitê Técnico e de professores especialistas das instituições parceiras (FECAP, FUCAPE e UNB). Cada etapa foi pautada por critérios objetivos, como a qualidade das notas explicativas, a consistência do relatório da administração, a ausência de ressalvas dos auditores independentes e a apresentação clara e acessível das informações contábeis. A fase final, conduzida pela comissão julgadora, culminou na seleção das empresas que melhor representam os princípios da boa governança e da transparência.” – Mayla Costa (UNB)
“Cada ano fica mais difícil decidir, pois a qualidade dos relatos vem subindo de forma constante. Isso pode ser explicado pela qualidade das normas, pela qualificação dos profissionais envolvidos, por usuários mais informados e exigentes, pelo avanço tecnológico, entre outros fatores. Mas, certamente, o Troféu Transparência também tem uma participação nesse conjunto de fatores: ele transmite às empresas um recado claro: ‘seus relatórios são lidos e considerados!’ Esse recado é importante, pois muitos ainda pensam que relatórios são apenas uma peça burocrática que ninguém efetivamente lê. A noção de que isso não é verdade estimula as empresas a fazerem de seus relatórios uma peça de comunicação entre a organização e seus stakeholders. Não tivemos mudanças no processo de avaliação. A força de trabalho da ANEFAC e das universidades faz a parte pesada. Nós, avaliadores, já recebemos os melhores relatórios de cada categoria para reduzir o número para 10 empresas por categoria. Em uma segunda fase, escolhamos as três melhores entre as 10 selecionadas. Esse processo nos garante uma certeza: não temos perdedores. Cada uma das 10 empresas de cada categoria já é vencedora; as três premiadas representam um mérito especial entre as campeãs.” – Vania Borgerth
“A transparência e a qualidade das demonstrações financeiras são, sem dúvida, os pilares centrais analisados pela comissão técnica. Em um cenário de crescente exigência por informações confiáveis, compreensíveis e completas, as empresas que se destacam são aquelas que conseguem comunicar com clareza a realidade de sua performance financeira e não financeira. A comissão avaliou 39 itens, com atenção especial à qualidade das notas explicativas, que devem ser claras e responsivas, conforme preconiza o OCPC 07. Também foi analisado o relatório da administração, que precisa ser objetivo, completo e conter uma análise consistente dos principais resultados financeiros e não financeiros da companhia. Um dos grandes destaques continua sendo a inserção do olhar ESG (ambiental, social e de governança) nas demonstrações. A ANEFAC vem enfatizando a relevância desses elementos desde a premiação de 2023. O reconhecimento do impacto social e ambiental, sobretudo quando divulgado por meio do relato integrado, evidencia o compromisso das empresas com a sustentabilidade e a geração de valor de longo prazo. Outro ponto de atenção são os mecanismos de governança corporativa, essenciais para garantir integridade, ética e responsabilidade na condução dos negócios. Neste ano, a comissão considerou como diferencial o avanço das companhias na divulgação de relatórios de sustentabilidade, agora guiados pelas normas CBPS 1 e CBPS 2. Essas normas marcam um novo patamar de reporte, trazendo diretrizes mais robustas e alinhadas com os padrões internacionais, o que exige das companhias uma abordagem mais estruturada, transparente e integrada às demonstrações tradicionais. A FECAP estruturou uma equipe composta por 19 docentes de cursos de graduação e pós-graduação, com experiência acadêmica e prática em contabilidade e finanças. Antes de iniciar as análises deste ano, a equipe revisitou os trabalhos realizados nas últimas três edições da premiação, garantindo alinhamento metodológico e consistência no processo de avaliação de 2025. Foram analisadas 110 companhias, com base nos critérios rigorosos estabelecidos e compartilhados pela ANEFAC. Em cada etapa, as análises foram conduzidas de forma crítica e colaborativa. Quaisquer divergências foram discutidas com profundidade, sempre buscando alcançar a isonomia, assegurando que todas as empresas fossem avaliadas sob os mesmos parâmetros, com justiça e transparência. Esse processo, cuidadoso e criterioso, reforça o compromisso da FECAP com a valorização das melhores práticas de divulgação corporativa no Brasil.” – Allan Carvalho (Fecap)
“Acredito que prevaleça a forma com que a empresa consegue se comunicar com os vários usuários da contabilidade.” – Alexandre Gonzales
“Os grandes destaques estão na clareza, consistência e transparência das demonstrações contábeis. Mais do que apenas números, as demonstrações financeiras premiadas evidenciam transparência, aderência às normas e capacidade de traduzir a estratégia da companhia em informação útil para investidores e stakeholders. Um ponto particularmente relevante é a qualidade das notas explicativas e a integração das informações financeiras com aspectos de sustentabilidade e governança, refletindo uma visão mais ampla de criação de valor.” – Valcemiro Nossa.
“O processo foi conduzido com rigor técnico e diversidade de olhares. Reunimos professores, pesquisadores e doutorandos especializados em contabilidade, finanças e gestão, que avaliaram mais de cem empresas. O modelo adotado buscou mitigar vieses individuais, indicando pelo menos dois avaliadores para cada empresa e, ao final, consolidamos as pontuações em comitês de revisão para discussão e alinhamento. Esse processo garantiu robustez e imparcialidade, permitindo identificar não apenas a conformidade técnica, mas também as empresas que melhor se comunicaram com o mercado.” – Valcemiro Nossa.
Perspectivas de análise para 2026
“No curto prazo, teremos em 2026 o início da implementação da Reforma Tributária, que, potencialmente trará poucos efeitos no primeiro ano de adoção, mas que certamente acarretará muitos impactos nos próximos 6 anos, portanto, um desafio das Companhias para 2026 será não apenas destacar os efeitos imediatos das mudanças, mas reportarem a expectativa dos impactos prováveis nos anos seguintes. Já em 2027 as Companhias precisarão atender aos requisitos do IFRS S1 sobre sustentabilidade e S2 sobre o clima, que são temas de grande complexidade e, ainda, com nível relativamente baixo de conhecimento; parte das Companhias já está se preparando para, ainda em 2026, iniciarem o processo de implementação de divulgação das novas informações requeridas, uma vez que as mesmas precisarão ter comparabilidade entre os exercícios. São temas que certamente irão gerar grande impacto na divulgação das demonstrações financeiras em 2027 e, a partir daquele ano, que, por serem novidades, terão a tendência de serem diferenciais comparativos nas avaliações do Prêmio.” – Clovis Ailton Madeira
“Em relação ao futuro e à evolução das DFs, entendo que nos próximos anos precisamos ficar cada vez mais atentos aos seguintes fatos e circunstâncias: A introdução das normas IFRS com foco em Sustentabilidade. Por exemplo, os desafios trazidos pelas Normas IFRS S1 e S2; Questões relacionadas com o impacto da tecnologia na elaboração e divulgação das DFs: inteligência artificial, blockchain, automação e cibersegurança; Transparência em tempos de instabilidades econômicas, políticas e fiscais.” – Adriano Rodrigues
“Em 2025, o prêmio alcançou sua 29ª edição com grande sucesso. O desafio agora é evoluir um processo de avaliação que já se mostra robusto, mantendo, como sempre, a imparcialidade, o rigor técnico e a credibilidade em todas as etapas de análise e escolha das empresas premiadas. Essa evolução exigirá adaptação às mudanças do ambiente corporativo, especialmente diante da crescente complexidade e dos riscos das transações, bem como da forma como tais informações são comunicadas ao público. Alguns temas devem ganhar maior relevância na pauta de avaliação, entre eles: a reforma tributária, a consciência e a aderência aos aspectos de ESG, a adoção de boas práticas de governança corporativa, as inovações digitais — como a inteligência artificial — e os riscos cibernéticos, entre outros. Percebo um avanço significativo na consciência de contadores e administradores quanto à importância da qualidade na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras. Por isso, espero que em 2026 tenhamos um número ainda maior de empresas concorrendo ao prêmio, tornando a escolha da mais transparente um desafio ainda maior.” – Wagner Petelin
“Identifico dois vetores centrais nessa evolução. O primeiro diz respeito à objetividade, à qualidade cada vez mais valorizada em uma sociedade na qual o tempo se tornou o ativo mais precioso para executivos, investidores, credores e analistas. Se discutimos metodologias de trabalho voltadas à agilidade dos processos decisórios, é imprescindível que os relatórios financeiros acompanhem essa demanda, oferecendo informações precisas, relevantes e tempestivas para subsidiar decisões. O segundo vetor refere-se à integração e interoperabilidade das informações prestadas pelas companhias ao mercado. Empresas listadas convivem com a exigência de reportar múltiplos documentos periódicos — demonstrações financeiras, formulários de referência, relatórios da administração, informes de governança, entre outros. A esse conjunto soma-se o relatório de sustentabilidade, que em breve se tornará obrigatório e, futuramente, deverá ser divulgado nos mesmos prazos das demonstrações financeiras. Esse cenário exigirá processos mais enxutos, porém robustos, capazes de capturar dados de maneira eficiente, garantindo tempo adequado para revisões e assegurando que a comunicação seja clara, consistente e plenamente fidedigna ao desempenho organizacional.” – Flavio Riberi
“As demonstrações financeiras (DFs) evoluirão com o uso intensivo de inteligência artificial generativa, focando em análises mais profundas e preditivas, e a avaliação de prêmios deverá se adaptar, exigindo relatórios mais dinâmicos, interativos e focados em dados em tempo real para refletir a velocidade das mudanças no mercado e as novas expectativas dos investidores. Outro tema importante para as próximas edições será a mudança nos relatórios por conta do IFRS 18, além da necessidade de informações sobre sustentabilidade (S-1 e S-2), matérias que já vêm tendo destaque e impactos em todos os âmbitos das companhias. Um tema que ainda está em análise, mas que terá impactos operacionais e, por sua vez, no ‘negócio’ das empresas, é a reforma tributária, que deverá alterar resultados e operações de empresas que atuam com modelos de benefícios fiscais. Contudo, esse tema ainda é novo e não temos a visão exata dos impactos nas DFs.” – Pier Paolo Atti
“No que diz respeito ao futuro e ao processo de evolução das DFs, entendo que, nos próximos anos, precisamos ficar cada vez mais atentos aos seguintes fatos e circunstâncias: a introdução das normas IFRS com foco em sustentabilidade — por exemplo, os desafios trazidos pelas Normas IFRS S1 e S2; questões relacionadas ao impacto da tecnologia na elaboração e divulgação das DFs: inteligência artificial, blockchain, automação e cibersegurança; e a necessidade de transparência em tempos de instabilidades econômicas, políticas e fiscais.” – Adriano Rodrigues
“Quanto ao futuro das demonstrações financeiras, vislumbro uma evolução significativa em direção à integração de informações ESG, à digitalização dos relatórios e à ampliação da comunicação com stakeholders. Essa transformação exigirá das empresas não apenas conformidade técnica, mas também sensibilidade estratégica e ética na divulgação de seus dados. O Prêmio ANEFAC, nesse contexto, continuará sendo um importante marco para institucionalizar boas práticas, ajustando seus critérios para refletir as novas demandas da sociedade e do mercado. Acredito que estamos diante de uma nova era da contabilidade corporativa, em que a demonstração financeira deixa de ser um mero instrumento de prestação de contas e passa a ser um elemento central na construção da reputação e da sustentabilidade empresarial.” – Mayla Costa (UNB)
“Acho que a tendência que vimos contemplando irá se consolidar. Normas mais principiológicas e a tecnologia permitirão relatórios cada vez mais transparentes, tempestivos e concisos, integrando informações financeiras e não financeiras e possibilitando a utilização desses relatórios para decisões cada vez mais robustas.” – Vania Borgerth
“As demonstrações financeiras estão passando por uma transformação significativa, impulsionada por uma demanda crescente por transparência, relevância e integração com informações não financeiras. Nos próximos anos, a tendência é que as DFs se tornem ainda mais conectadas aos temas de sustentabilidade, governança e responsabilidade social, indo além do retrato puramente financeiro da companhia. Com a entrada em vigor das normas CBPS 1 e CBPS 2, o Brasil se alinha a um movimento global de relato corporativo ampliado. Isso significa que as empresas precisarão integrar informações financeiras e de sustentabilidade de forma consistente, confiável e auditável, permitindo aos usuários uma visão mais completa da geração de valor no curto, médio e longo prazos. Mais do que atender a uma obrigação regulatória, as demonstrações financeiras do futuro deverão comunicar propósito, riscos, oportunidades e criação de valor.” – Allan Carvalho (Fecap)
“Há algumas mudanças previstas que devem impactar a contabilidade e a realidade nas empresas, e, mais uma vez, a capacidade que a empresa possui para comunicar tais efeitos merece atenção. Em breve, teremos a nova norma de demonstração de resultado (IFRS 18, CPC 51), que vai alterar a forma de apresentação da apuração do resultado. Haverá também a reforma tributária e, embora a expectativa seja de manutenção da carga tributária em termos gerais, é possível que o efeito não seja neutro para todas as empresas, e o conjunto de demonstrações contábeis poderá apresentar os impactos ocorridos nas empresas.” – Alexandre Gonzales
“Nos próximos anos, as demonstrações financeiras caminham para uma integração ainda maior entre contabilidade tradicional, relatórios de sustentabilidade (ESG) e pela demanda crescente de investidores por informações não financeiras relevantes. A forma de apresentação e comunicação com os stakeholders terá impacto significativo. O futuro das demonstrações financeiras é mais transparente, digital e integrado com sustentabilidade, o que aumentará ainda mais a complexidade e relevância da avaliação técnica feita pela comissão.” – Valcemiro Nossa.
