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4º CFO Day: executivos mostram como as transformações do mundo corporativo se aceleraram a cada dia 

A pandemia de Covid-19 acelerou mudanças no ambiente corporativo das empresas de todo o planeta. No auge da crise sanitária, políticas públicas que restringiam a mobilidade urbana e orientavam a população a manter o distanciamento social transformaram as relações de trabalho em algo tecnológico, inovador, inspirador e desafiador para as lideranças.   

E foi justamente com o objetivo de promover essa troca de conhecimento entre gestores financeiros de grandes empresas do país que a ANEFAC promoveu, dia 28 de setembro, a 4ª edição do CFO Day, em São Paulo. No evento, dezenas de líderes empresariais puderam compartilhar suas experiências, os desafios encontrados e as transformações que ocorreram e que vem acontecendo em suas corporações. 

“O objetivo do CFO Day é o de aproximar e integrar esses executivos que mantêm boas práticas de relacionamento em suas organizações para que eles troquem experiências entre si”, disse Guilherme Dultra, vice-presidente de Finanças na ANEFAC e sócio na Knox Capital.  

Estiveram presentes como palestrantes os CFOs (Chief Financial Officers) das companhias de energia Petrobras, Oxiteno e Isa CTEEP, além da Sarpen Quant Investments e o Tech Leader de Soluções em Cloud da BlueShift. 

Em painéis que abordaram os temas Aceleração das Mudanças, Maturidade do ESG, Transformação Digital; e Cultura, Pessoas e Lideranças, os gestores contaram suas histórias e mostraram como superaram os desafios da pandemia no ambiente de trabalho. 

“O primeiro passo em nossa empresa foi criar o Comitê Covid que se reunia todos os dias para passar informações sobre o que estava acontecendo com as pessoas, com a economia, com os nossos serviços e dizer qual seria a melhor forma de prestar serviços”, disse Carisa Cristal, CFO na Isa CTEEP.  

“Alguns funcionários que tinham de trabalhar, para que a energia chegasse às casas das pessoas, foram divididos em turnos e alguns ficavam em acampamentos para preservar a saúde de todos”, complementou a gestora que também considera que, hoje, é impensável turnos presenciais de cinco dias por semana para funcionários que não exercem serviços essenciais. 

Na Petrobras, a transformação digital foi acelerada pela pandemia, mas já constava no plano estratégico da empresa desde 2017 como habilitadora de negócios. “Temos esta visão, porque olhamos para daqui 30 anos e não sabemos o que vai acontecer; no entanto, somos conscientes de que precisamos caber dentro da parte mais baixa da curva de custos da empresa”, disse Rodrigo Araújo, diretor Financeiro e de Relações com Investidores na Petrobras. 

A Petrobras tem vivido a todo instante um processo de transformação digital. Hoje, por exemplo, há um sistema em funcionamento voltado para aplicar a ‘internet das coisas’ como forma de aumentar a segurança interna e externa da companhia. O sistema reduz a parada de ativos e de produção, além de minimizar riscos de acidentes. “Nossa política de SMS (Segurança Meio Ambiente e Saúde) é rigorosa e inovadora”, enfatizou Araújo.  

Durante a crise sanitária, a indústria química Oxiteno manteve todos seus funcionários de finanças em casa. Na planta industrial não tinha ninguém sequer para receber as notas fiscais. “Por conta disso, os documentos começaram a ser fotografados por quem os recebiam lá e isso foi como uma sementinha que se plantou na época para que algo transformador acontecesse”, afirmou Carolina Bacci, Head of Tax na companhia. “Fomos modernizando todo o processo de recebimento de notas e, atualmente, este já está totalmente automatizado, moderno, nas nuvens e na rede”, emendou.  

Fernando Galdi, partner na Sarpen Quant Investments e professor titular na FUCAPE, falou bastante também sobre o atual papel do CFO nas organizações. “É impensável que hoje este profissional não tenha profundos conhecimentos na área tributária”, declarou.  

Segundo ele, se no passado a visão deste tipo de gestor, dentro das empresas, era muito mais relacionada a finanças corporativas de uma maneira geral. Hoje, ela é infinitamente mais abrangente. “O profissional precisa conhecer assuntos voltados à contabilidade tributária e societária, agendas corporativas, temáticas de ESG (Environmental, Social and Governance) e diversas outras que regem o mundo organizacional”, afirmou. “É preciso se informar, até mesmo, sobre operações com criptomoedas”, comentou.  

Já o tech leader de Soluções em Cloud na BlueShift, Esteban Huerta, empresa especializada em serviços de tecnologia da ciência de dados (Big Data e Analytics, por exemplo), falou sobre armazenamento de dados nas nuvens. 

“A característica da nuvem é que a sua gestão tende a ser descentralizada, variável e instalável”, explicou Huerta. “Isso significa que quanto mais eu coloco dados nela, mais eu pago; é preciso que aprendamos, em um ambiente de transformação digital, gerenciarmos melhor esta solução para controlarmos melhor os custos”, complementou.  

O 4º CFO Day foi realizado 100% presencialmente, um ano depois da última edição ocorrer de forma virtual, por conta da pandemia. A expectativa é que a próxima edição tenha ainda mais painéis que a de 2022. “A ideia é irmos encorpando este evento ao longo do tempo”, disse Guilherme Dultra, vice-presidente de Finanças na ANEFAC.

Esteban Huerta, tech leader de Soluções em Cloud na BlueShift, Carolina Bacci, Head of Tax na Oxiteno, Rodrigo Araújo, diretor Financeiro e de Relações com Investidores na Petrobras, Guilherme Dultra, vice-presidente na ANEFAC e sócio na Knox Capital, Carisa Cristal, CFO da Isa CTEEP, e Fernando Galdi, partner na Sarpen Quant Investments e professor titular na FUCAPE. 

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