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3º Prêmio Profissional Mérito ANEFAC, na categoria áreas, destacou oito líderes brasileiros 

Pandemia, home office, trabalho híbrido, guerra, oscilações do mercado, inflação, cenário político instável, ameaça de recessão mundial, esses são alguns dos desafios que estiveram na mesa dos líderes empresariais no último ano. Para reconhecer aqueles líderes que mais se destacaram, a ANEFAC realizou o 3º Prêmio Profissional Mérito ANEFAC, em 2022, em duas categorias: Executivos de áreas e Executivos Tributários por segmento. A premiação aconteceu em São Paulo no dia 12 de dezembro e reuniu representantes das principais empresas do país.  

Segundo Marta Pelucio, presidente nacional da ANEFAC, um líder  se destaca pela capacidade empática e pela preocupação sincera em relação a fatores sociais, ambientais e de governança. “Ele é capaz de trazer visões e valores mais elevados ao time, potencializando talentos e inspirando. Faz com que todos façam e se sintam parte do processo. Ao mesmo tempo, se permite mudar e incluir novos cenários, que não estavam nos planos, redefinindo as estratégias”, disse. Já Milton Toledo, membro do Conselho de Administração da ANEFAC, relembrou o início da premiação em seu mandato e apontou que ela é uma extensão do Prêmio ANEFAC Profissional do Ano com a finalidade de destacar profissionais de outras áreas. 

No 3º Prêmio Profissional Mérito ANEFAC, na categoria Executivos de áreas, os ganhadores foram: ACADEMIA: Fernando Galdi, professor titular na Fucape; CAPITAL HUMANO: Morris Litvak, fundador do Maturi; GOVERNANÇA CORPORATIVA: Renata Bertele, vice-presidente de Compliance na OI; RELAÇÕES COM INVESTIDORES: Rogéria Machado, gerente da Área de Finanças e RI na CELESC; SUSTENTABILIDADE: Pedro Plastino, head na Future Carbon; TECNOLOGIA: Graziele Rossato, fundadora da Viaflow; CONTROLADORIA: Patrícia Vieira, diretora de Controladoria no Grupo SBF; e JOVEM DESTAQUE: João Paulo Malara, fundador da New School

Da esquerda para a direita: Morris Litvak, Rogéria Machado, Renata Bertele, Graziele Rossato, Patrícia Vieira, João Paulo Malara, Fernando Galdi e Pedro Plastino

Para a contadora, Rogéria, que possui 18 anos de experiência em docência e 15 anos na área de finanças, contabilidade e relações com investidores no setor de energia, receber o prêmio foi uma honra. “Ser premiada pela ANEFAC é ter o reconhecimento, a valorização do trabalho desenvolvido e a importância de representar as mulheres que atuam na área de finanças. Fica a sensação de dever cumprido, de realização pessoal e, sobretudo, de motivação para inspirar outros profissionais”, pontua.   

Já o doutor em contabilidade, com passagens pela Sarpen Quant Investments, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), AlphaMar Investimentos, Braskem e Fucape, Fernando se sente muito feliz e honrado em ter sido agraciado pela ANEFAC com o prêmio. “Este tipo de reconhecimento é sempre muito gratificante, especialmente vindo de uma entidade tão relevante e tradicional para o mercado brasileiro”, diz. 

A empreendedora em tecnologia com formação em administração, tecnologia e liderança, Graziele, pontua que ser reconhecida, pela ANEFAC, que é uma grande referência, é motivo de muito orgulho e honra. “Represento hoje, diversos profissionais da Viaflow e do mercado que transformam o dia a dia das pessoas e dos negócios. Se com essa premiação puder inspirar outras pessoas a entrarem nesse segmento que tanto cresce, ficarei muito feliz. Tem muita oportunidade, oferta e falta de profissionais”, analisa. 

Formado e pós-graduado em Engenharia de Software, empreendedor e especialista em envelhecimento e longevidade, Mórris se diz muito honrado e feliz. “É um reconhecimento de grande prestígio que mostra que a dedicação vale a pena e precisa ser celebrada”, explica. 

Enquanto, Pedro, que é administrador, com passagens pelo BTG Pactual, Terra Investimentos, Family Investiments Portfolio e Necton Investimentos, se sente extremamente empolgado com o recebimento do prêmio, não pelo reconhecimento pessoal, mas pelo simples fato de uma organização tão relevante no mercado, como a ANEFAC, estar olhando o mercado de sustentabilidade. “Na minha opinião, a economia verde e sustentável é a principal alavanca que o Brasil tem para se tornar uma potência econômica ainda mais relevante em um cenário global. Nós somos a maior potência no quesito ambiental e precisamos aproveitar isso. Por isso me sinto empolgado e privilegiado de ter sido nomeado ao prêmio em sustentabilidade pela ANEFAC em um país como o Brasil”, ressalta. 

E para Renata, o sentimento é de realização, conquista e inspiração para fazer mais e mais, pois é o reconhecimento de uma jornada profissional que começou há mais de 20 anos, e foi construída com muita dedicação e amor pelo trabalho. “Seria impossível chegar até aqui sozinha, sem o apoio das pessoas que apostaram e acreditaram no meu potencial antes de mim mesma, das empresas por onde pude produzir resultados e aplicar meu conhecimento, dos colegas de trabalho, do meu time e da família, que vem apoiando a cada passo, e as escolhas que eu fiz até aqui. Agora, é continuar essa jornada buscando sempre desafios, entregando resultados consistentes e deixando um legado. Também é importante ressaltar que este prêmio é um reconhecimento a todos os profissionais que trabalham dentro de empresas promovendo e implementando iniciativas e políticas para uma gestão mais justa e transparente, beneficiando todos os stakeholders internos e externos, trazendo equilíbrio, e buscando a sustentabilidade social, ambiental e econômica”, avalia. 

Já João Paulo se sente muito honrado em estar representando os jovens. “Principalmente aqueles que se dedicam, que trabalham e batalham todos os dias. É sempre preciso trabalhar, acordar cedo e ir em busca dos resultados”, pontua.

E Patrícia se diz muito feliz por estar sendo premiada, pois a ANEFAC é uma entidade muito conceituada dentro da sua área de atuação. “Receber essa premiação coroa anos de trabalho intenso. São 20 anos na área de finanças”, explica.

Como ser um líder que inspira? 

Inspirar outros profissionais não é uma tarefa fácil para um líder nos tempos de hoje, mas para Rogéria, as características necessárias para o profissional de RI, por exemplo, são ter a habilidade de comunicação, a integridade do compliance, a perspectiva de mercado, a experiência da cultura da governança corporativa e a capacidade de alavancar o feedback estratégico para dentro da empresa.  

Enquanto Fernando avalia que o profissional da área de finanças e contabilidade precisa estar engajado com o aprendizado contínuo, pois as inovações são constantes e os conhecimentos necessários são sobre temas cada vez mais multidisciplinares. “Ademais, é indispensável uma atuação pautada pela ética e integridade. O profissional deve buscar o aprimoramento de suas habilidades e conhecimentos, a fim de manter-se competitivo no mercado e oferecer soluções eficientes e inovadoras para as necessidades dos seus clientes e empresas”, diz. 

Em tecnologia, Graziele garante que não basta conhecer somente de tecnologia. “Tecnologia é apenas o meio, precisamos mesmo é gostar de pessoas. Eles precisam estar aptos para servir as pessoas e trabalhar em equipe de forma colaborativa. Estamos em um momento em que muitos desafios podem virar oportunidades, depende apenas de nós, olhar pela lente certa”, pontua.  

Ela ainda avalia que as características mais demandadas de profissionais no mercado de tecnologia não são necessariamente técnicas, mas humanas: habilidade de resolver problemas complexos, ser um bom ouvinte, ser curioso, ter criatividade, entender de negócios, saber negociar, ter inteligência emocional, pensamento crítico, relacionamento e comunicação. O equilíbrio de corpo, mente e técnica são fundamentais. E essa é a jornada da vida que devemos estar dispostos a encarar. 

Morris avaliando a área de Capital Humano, destaca que as características necessárias para o profissional atualmente é muita empatia, propósito e ética genuínos e praticados diariamente, profissionalismo, respeito às pessoas e atenção à diversidade, sempre com olhar atento ao mercado e às novidades, em busca de inovação e impacto. “Cada vez mais a diversidade ganhará peso e espaço nesta área, e deve ser colocada em prática, indo além de ações pontuais. Além disso, aliar a tecnologia às habilidades humanas de colaboração e criatividade”, explica. 

Ao complementar do ponto de vista do profissional que atua em sustentabilidade, Pedro pontua que para atuar nos dias de hoje é necessário resiliência. Segundo ele, a força de vontade de fazer da economia verde um grande setor no Brasil é a motriz que precisamos para realmente colocar esse mercado com a sua devida importância. “O Brasil tem todo o ecossistema pronto para catapultar a economia verde/economia sustentável no país, falta a conscientização da população, que vem aumentando ano após ano junto com a força de vontade do setor empresarial brasileiro. Com a população engajada, as empresas sendo realmente atuantes e com os profissionais empenhados, temos tudo para fazer da sustentabilidade o maior responsável pelo aumento do PIB do país”, destaca. 

Em consonância, mas voltando os olhos para a governança corporativa, Renata entende que quando se decide atuar com os temas de GRC, governança, riscos e compliance, não se escolhe simplesmente uma profissão, mas sim uma causa, que tem como objetivo promover no ambiente das organizações relações transparentes, éticas e justas.   

Para isso, ela acredita que os profissionais precisam ter como aptidão o conhecimento técnico, a percepção apurada da cultura, do negócio e do ambiente corporativo, além da capacidade de realizar entregas que gerem valor para a companhia.  “Para obter sucesso na condução das práticas de GRC é fundamental ter a habilidade de compreender a cultura da companhia e de traduzir e adaptar os ritos técnicos em práticas conectadas ao negócio. Ou seja, precisamos estar juntos da linha de frente e entender os seus dilemas e desafios para promovermos uma política de GRC conectada com o negócio e com as pessoas para que aí sim possamos ser compreendidos por todos como uma área importante de apoio à gestão na tomada de decisão, na gestão de riscos e no fortalecimento da reputação das organizações”, avalia. 

O que o futuro reserva para os líderes? 

Cada vez mais, a internet tem se mostrado fundamental ao ser humano. A tecnologia inserida em mídias e sites interativos são aliados, na percepção de Rogéria, do profissional de RI. “É preciso conhecer as necessidades dos investidores, que requerem rapidez, informações claras e concisas. Sendo assim, a “Era RI 2.0” é uma realidade. Outro desafio é inserir nas empresas aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa – ESG, que impactam na análise de investimentos e no valuation das empresas, mantendo estreitas as relações de credibilidade e confiança a partir da sua dedicação e da obtenção de bons resultados”, alerta. 

Hoje, independentemente de ser um profissional de tecnologia, Graziele acredita e encoraja as pessoas a estudarem sobre absolutamente tudo. Pois, ela entende que cada pessoa aprende de um jeito: assistindo vídeos, ouvindo podcasts, ouvindo histórias, lendo livros, fazendo cursos. “A internet está disponível para todos com conteúdo e cursos incríveis de forma gratuita, inclusive. Recomendo fortemente que antes de decidirem a sua trilha de carreira, conversem com profissionais que já atuam na área desejada e busquem entender as diversas possibilidades oferecidas para gestão de times, projetos, produtos, qualidade e desenvolvimento”, reflete.  

Cada uma dessas opções tem uma trilha diferente de formação. Segundo ela, vivemos a verdadeira globalização e podemos prestar serviços e vender projetos em qualquer lugar do mundo. Além disso, pontua que o que nos separa é saber falar um idioma diferente, o fuso horário e o nosso conhecimento de cultura global. “Como um diferencial, invista nisso. A visão é de que com a tecnologia, democratizamos também o ensino. Estou certa de que a educação e o empreendedorismo é que vão transformar nosso país. Também não é incomum ver pessoas da área de negócio migrando para essa área, justamente por serem aptas e com conhecimento de negócio. Além disso, a habilidade de relacionamento também é muito feminina e vejo muita oportunidade para mais mulheres nesse segmento”, explica. 

O caminho a ser seguido pelo profissional de capital humano, para Morris, são dois: 1 – Busca incessante pelo conhecimento macro e microeconômico – esse fato vai fazer o profissional se diferenciar no mercado de sustentabilidade, cada vez mais as empresas estão quantificando o risco e as oportunidades climáticas e o mercado é ainda escasso do profissional que contempla ambos skills de sustentabilidade com finanças. 2 – O caminho de se expor nas redes sociais, nas falas, eventos, entre outros – muitos talentos estão escondidos dentro de ecossistemas e as empresas e as organizações financeiras não conseguem encontrar esse profissional, portanto aqueles que possui o extenso conhecimento técnico, tem que começar a escrever nas suas redes, seja Linkedin, Instagram, Blogs, entre outros. Com isso, o poder de massificação que temos hoje irá ajudar ele a ser notado no mercado como um todo. 

Ao longo da sua trajetória profissional, Renata compreendeu que o fator chave de sucesso para a condução dos temas de GRC nas organizações é o equilíbrio das competências técnicas e competências comportamentais/humanas. “Este equilibro nos habilita a lidar com os desafios diários das organizações e a compreender que muitas vezes não seremos compreendidos e sim questionados duramente pelo papel que deve ser desempenhado, e que na sua grande maioria estaremos nos bastidores e somente por poucos seremos reconhecidos. Mas sabemos que o nosso trabalho é por uma causa maior e devemos fazer dela a nossa força motriz para seguirmos com o nosso objetivo maior”, avalia. 

Ela finaliza dizendo que é preciso compreender que os resultados serão consistentes e perenes quando incluem necessariamente o envolvimento das pessoas e é delas e por elas que precisamos buscar o engajamento com os temas e está sob nossa responsabilidade sensibilizar e demonstrar com resultados a importância das prática de GRC nas organizações. 

Confira as fotos do evento: https://www.anefac.org/fotos-merito  

 
 

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