Depois de uma longa jornada em home office, chega o tempo em que Almeida volta ao escritório.
Mas claro, este retorno estava bem monótono para quem havia se acostumado a trabalhar de casa usando chinelos e bermuda completando o look da camisa social e terno, já que em casa o traje de trabalho é uma verdadeira fake news.
Acima da cintura, tudo como “manda” o figurino da firma. Abaixo dela, é moda praia, roupa de fim de semana modo “on”, não importa que seja uma terça-feira.
Pois bem, com a volta ao escritório, a nova rotina incluía agora um divórcio e, portanto, um rearranjo da agenda familiar, Almeida precisava conciliar o balé da filha com o trabalho, e, por isso, conseguiu junto a empresa, um acordo para poder levar a filha de 6 anos duas vezes por semana ao escritório.
Ficou perfeito este arranjo, um acordo de trabalho que é bom para a empresa e para Almeida. Na literatura acadêmica, chamamos isso de i-deals (acordos idiossincráticos).
E eis que chega o dia em que Paulinha vai com o pai ao escritório pela primeira vez.
Chegando lá, a menina olha todos os espaços do escritório e inquieta começa chorar.
Todos os colegas de Almeida se aproximaram.
E Almeida, pai carinhoso e preocupado pergunta: “Amorzinho, o que aconteceu?”
E a pura criança responde: “Papai, onde estão os palhaços que você disse que trabalham com você?”
E a vida, ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é, meu irmão?
Já dizia Gonzaguinha, na música: O que é? O que é, que se inicia com a eterna frase que dá nome a essa história que Joaquim Almeida contou para Lord Excrachá.
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Lord Excrachá é uma criação de Emerson W. Dias, vice-presidente de Capital Humano da ANEFAC e fundador do portal e da série de livros O Inédito Viável.