Previous
Next

O histórico desafio feminino na liderança 

O mundo dos negócios, em constante evolução, exige uma visão progressista para se manter competitivo. As empresas que optam por negligenciar a diversidade atualmente, especialmente a liderança feminina, estão não apenas se mostrando desconectadas dos valores modernos, mas também estão perdendo benefícios tangíveis e oportunidades valiosas, pois diversos estudos têm demonstrado que empresas com equipes de liderança diversificadas tendem a ser mais lucrativas e inovadoras. 

As ondas de transformações sociais têm destacado a necessidade de se reconhecer e valorizar a diversidade, não apenas por questões de justiça e equidade, mas também pelo imenso potencial que uma gestão diversificada pode trazer para organizações e sociedades. E a trajetória da mulher, no mundo corporativo e em posições de liderança, representa uma revolução contínua e desafiadora. 

Historicamente, as mulheres enfrentaram, e ainda enfrentam, barreiras significativas. Há algumas décadas, era impensável para muitas mulheres ter uma carreira sem a anuência dos homens, ou mesmo possuir uma conta bancária. E a história se moldou de maneira a criar um hiato entre homens e mulheres, onde nos encontrávamos relegadas a espaços domésticos e a funções socialmente determinadas como “femininas”. 

Entretanto, o que foi muitas vezes interpretado como “fraqueza” feminina tem se mostrado, cada vez mais, como fonte de força. As habilidades intrínsecas que nós, mulheres, possuímos, frutos de nossas experiências únicas, como a maternidade, têm sido reavaliadas e reconhecidas como propulsores da nossa resiliência, empatia, multitarefa e capacidade de gestão. 

A mulher na liderança: Desafiando normas e superando obstáculos 

Em um mundo historicamente dominado por figuras masculinas, a trajetória da mulher na busca por posições de liderança e reconhecimento profissional tem sido uma contínua jornada de superação e resiliência. Mesmo quando as sociedades começaram a evoluir em suas visões sobre os papéis de gênero, a mulher ainda tem encontrado obstáculos significativos em sua caminhada para chegar e se estabelecer em posições de comando. 

E o que tange a posições de gestão, a questão da diversidade vai além do gênero, pois aborda também a raça, especialmente no Brasil, um país marcado por sua história de desigualdades raciais. As mulheres negras, que carregam o peso duplo da discriminação de gênero e raça, ainda enfrentam desafios adicionais em sua trajetória profissional. Assim, reconhecer e valorizar essa pluralidade é crucial para um ambiente de trabalho mais igualitário e enriquecedor. 

Como empresas perdem ao subestimar a liderança feminina 

Empresas que resistem à inclusão de mulheres em posições de comando não apenas falham em refletir a sociedade em que estão inseridas, mas também deixam de se beneficiar das competências e talentos que estas líderes trariam. Esta omissão, a longo prazo, pode resultar em decisões menos informadas, ambientes de trabalho menos harmoniosos e, em última análise, uma perda de vantagem competitiva no mercado. 

Mais do que uma questão de justiça social, promover a liderança feminina é uma estratégia inteligente de negócios. As empresas têm a responsabilidade não apenas de refletir, mas também de moldar a sociedade. Ao abrir espaço para a liderança feminina, elas não apenas cumprem um dever ético, mas também investem no próprio futuro. 

O mundo corporativo precisa reconhecer que subestimar a liderança feminina não é apenas uma falha moral, mas também uma decisão comercial imprudente. É hora de as empresas se adaptarem, valorizarem a diversidade e colherem os benefícios que a liderança feminina indiscutivelmente oferece. 

O futuro da diversidade na gestão 

A nossa busca deve ser por um espaço em que a diversidade seja a regra, e não a exceção. Um cenário onde não seja necessário designar “espaços de diversidade”, mas sim ambientes genuinamente inclusivos e representativos. Para que isso ocorra, é preciso uma combinação de políticas públicas, incentivos privados e uma mudança cultural. 

Cabe a todos nós nos conscientizarmos dando espaço e discutindo abertamente temas relacionados às mulheres, como questões relacionadas à saúde feminina, muitas vezes negligenciada, devem ser compreendidas em sua totalidade, considerando particularidades como TPM, menopausa e maternidade, pois, mesmo sendo mulheres, não deixamos de fazer nossas entregas. A prática da sororidade e o apoio entre mulheres, principalmente aquelas que conquistaram posições elevadas, é crucial para a formação de redes de suporte e, não menos importante… Educar as novas gerações é vital. Ensinando em nossos lares que meninas, independentemente de sua origem, raça ou condição social, têm o potencial de alcançar qualquer posição ou realização que desejarem. 

O futuro da diversidade na gestão é promissor, mas requer esforço coletivo, conscientização e ação direcionada. Se assim o fizermos, estaremos não apenas valorizando a justiça social, mas também abrindo portas para um mundo corporativo mais rico, inovador e verdadeiramente igualitário e justo para nossas futuras gerações. 

Artigo escrito por Thaís Borges, Sócia-Diretora na Systax Sistemas Fiscais, Investidora-Anjo e Mentora de Startups, além de Conselheira e Líder de Comitê na Bossainvest. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.