Previous
Next

Critérios de avaliação do Prêmio ANEFAC de Boas Práticas ESG visam impulsionar a sustentabilidade empresarial 

A estrutura para a avaliação do Prêmio ANEFAC de Boas Práticas ESG foi meticulosamente elaborada, com a colaboração de profissionais e academias reconhecidos na área de ESG, garantindo que o reconhecimento não apenas celebre conquistas, mas também inspire outras organizações a seguir o caminho da responsabilidade e inovação. O Prêmio abrangeu várias organizações, incluindo empresas de capital aberto ou fechado, bancos e instituições financeiras reguladas pelo Banco Central do Brasil, além de Fundos de Investimentos Sustentáveis. Com um esforço conjunto de mais de cinco anos, a ANEFAC realizou, em 24 de outubro, em São Paulo, a cerimônia de lançamento desta premiação. 

A missão do Prêmio ANEFAC de Boas Práticas ESG é clara: “promover e reconhecer práticas que integrem os pilares ambientais, sociais e de governança, fundamentais para o desenvolvimento sustentável da sociedade”. O prêmio também visa fomentar a aplicação dos padrões propostos pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), disse Bolí Rosales, COO da ANEFAC. Segundo ele, “em um mundo onde a realidade das pautas ESG ainda deixa a desejar, essa iniciativa é extremamente importante, pois busca não apenas marketing, mas ações práticas que gerem impacto positivo”.  

As cinco empresas finalistas que se destacaram por suas práticas de ESG foram homenageadas e receberam certificados de reconhecimento: Irani Papel e Embalagem S.A., M. Dias Branco S.A., SANASA (Companhia de Abastecimento e Saneamento S.A.), SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná) e Suzano S.A., que foi a vencedora. 

A avaliação foi conduzida por um grupo diverso de profissionais, incluindo a Diretoria Executiva, composta por Andreia Fernandez, head de Governança Corporativa; Alexandre Velilla, head de Administração; Bolí Rosales, COO; David Kallás, presidente; Gennaro Oddone, presidente do Conselho de Administração; Marta Pelucio, conselheira; e Miton Toledo, conselheiro. O Comitê Técnico inclui Breno Figueiredo, Denise Saboya, Estevam Pereira, Fabiana Palazzo Barbosa, Gisele Victor Batista e Tatiana Ricci. O Comitê Acadêmico é formado por Elionor Weffort (FECAP), Flávio Riberi (FIPECAFI), Fabrício Stocker (FGV) e Valcemiro Nossa (FUCAPE). A Comissão Julgadora é composta por Caca Takahashi, Christina Darbosa, Haroldo Levy Neto, Marta Pelucio, Marco Fujihara, Onara Lima e Sebastian Soares. 

Os critérios técnicos miraram as dimensões ambientais, sociais e de governança 

David Kallás enfatizou que “a iniciativa da ANEFAC de trazer o reconhecimento de empresas que se destacam com as boas práticas ESG demonstra toda a relevância estratégica que a governança dos aspectos socioambientais representa para os negócios e a capacidade de gerar valor percebido aos seus stakeholders”. 

Kallás destacou que “chegamos a um ponto que sempre gosto de reforçar o fato de que a sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas sim, a única maneira ética de conduzir negócios perenes e íntegros no século XXI”. Ele ainda ressaltou a importância de participar da comissão julgadora, afirmando que a análise prévia e a metodologia estabelecida “para nos suportar na tomada de decisão com um time multidisciplinar, com olhar de mercado e credibilidade quanto à maturidade e jornada das empresas participantes” foi essencial para garantir a seriedade e os compromissos com a sustentabilidade, resultando em “transparência ao comunicar suas ações para as partes interessadas”. 

Marta Pelúcio, conselheira da ANEFAC e membro da comissão julgadora do Prêmio, explicou que “a diretoria executiva supervisiona cada etapa do processo, assegurando que a integridade e relevância do prêmio sejam mantidas. Nosso comitê técnico avalia a documentação e as práticas ESG das empresas, enquanto a comissão acadêmica classifica cada critério de avaliação, alinhada às normas ABNT 2030, garantindo as melhores práticas e pesquisas.” 

Onara Lima, membro da comissão, compartilhou sua visão sobre o Prêmio de Boas Práticas ESG, afirmando que “é um sonho antigo que demorou alguns anos para virar realidade”. Ela comentou ainda que “nosso grande sonho era criar uma premiação que fosse ao mesmo tempo atualizada, ampla e, principalmente, baseada em critérios claros e objetivos”, expressando preocupação em criar um prêmio que “já nascesse com credibilidade, em tempos de greenwashing”. Lima destacou a formação de um “dream team” que se empenhou na construção do prêmio e acredita que “tenha sido um sólido primeiro passo para uma premiação que fará muita história no Brasil”. 

Marco Antonio Fujihara também mencionou que “creio que o mérito desta comissão julgadora foi temos a possibilidade de uma reflexão conjunta sobre aquilo que realmente importa no ESG”. Ele acrescentou que, embora “não houvesse tempo de termos uma diligência mais apurada, mas como estamos na primeira edição, certamente vamos poder contar com este formato nas próximas, inclusive com a confirmação do resultado”. Fujihara disse que “participar desta comissão foi muito gratificante contar com pessoas conhecedoras e de referência no tema e sempre uma experiência incrível”, e reiterou, “só tenho a agradecer pelo convite da ANEFAC e sempre podem contar com minha colaboração”. 

Milton Toledo, também membro da comissão, comentou que “o esforço superou os quatro anos para criação deste reconhecimento”. Ele afirmou que “nossa preocupação foi estruturar um processo de avaliação de forma que permitisse identificar o que realmente estava alinhado com a proposta do reconhecimento, e ter um time com conhecimento prático e teórico para integrar o time de avaliação”. Além disso, enfatizou que “é um processo de melhoria contínua, mas entendemos que o primeiro objetivo foi alcançado com êxito!” 

Dra. Gisele Batista compartilhou sua experiência na Comissão Técnica, afirmando que “participar do Prêmio ‘Boas Práticas ESG’ da ANEFAC foi uma experiência incrível!” Ela explicou que “a ideia por trás do prêmio vai muito além de um simples reconhecimento, mas uma forma de estimular as empresas brasileiras a adotarem e aperfeiçoarem seus processos de acordo com os padrões internacionais de ESG”. Gisele destacou que “o conceito ESG, que inicialmente surgiu no mercado de capitais, ampliou seu alcance ao longo dos últimos 20 anos”, focando na “criação de valor compartilhado para a sociedade e abordando aspectos ambientais e sociais que vão além das métricas financeiras”. Ela afirmou que “ESG é uma jornada, e essa visão precisa estar no coração de cada empresa!” 

Batista explicou que a avaliação para o prêmio buscou “compreender o quanto as organizações realmente integraram o ESG como parte essencial de seu modelo de gestão”, e que “avaliamos como elas identificam seus temas materiais e priorizam, de forma estratégica, o que é realmente importante na jornada ESG”. Ela também destacou a importância da “alta liderança”, afirmando que “a liderança é a força motriz que conecta todos esses temas dentro da organização, promovendo uma visão integrada e criando sistemas e processos que tornam o ESG numa prática”. 

A premiada Suzano se destacou pelo “potencial de impacto incrível, influenciando não apenas sua comunidade, mas também inspirando outras empresas em sua cadeia de valor”. Gisele comentou que foi emocionante ver como a Suzano “usa o ESG como diferencial, inovando em tecnologia e desenvolvendo modelos de negócios sustentáveis”. Ela concluiu que a Suzano possui “uma intencionalidade muito clara, cuja visão de futuro realmente faz a diferença”.  

A Suzano, ganhadora do Prêmio, destacou-se pelo seu potencial transformador no tecido social do qual faz parte, tornando-se uma referência em práticas ESG e demonstrando um compromisso visível com seus stakeholders. “É o tipo de empresa que não só cresce, mas também eleva todo o ecossistema ao seu redor”, acrescentou Batista. 

Haroldo Levy Neto avalia que “participar da Comissão Julgadora do Primeiro Prêmio ANEFAC de Boas Práticas ESG foi uma honra e um prazer.” Ele sublinhou a importância da experiência acumulada da ANEFAC com o Troféu Transparência e expressou sua gratidão pela oportunidade de colaborar ao lado de especialistas admirados na área. 

Estevam Pereira destacou que “o Prêmio surge em um momento crucial para o mercado brasileiro, uma vez que a agenda ESG deixou de ser uma tendência para se tornar um imperativo regulatório e estratégico.” Ele observou que, como membro da comissão que elaborou os critérios da premiação, viu que esta iniciativa preenche uma lacuna importante ao estabelecer parâmetros objetivos e mensuráveis para avaliar o real compromisso das organizações com as práticas ESG. 

Pereira enfatizou que “o mercado precisava de um reconhecimento que fosse além do discurso e mensurasse efetivamente as ações concretas das empresas.” O prêmio busca cumprir esse papel, servindo como um norteador para companhias que desejam aprimorar suas práticas e como um diferencial para aquelas que já alcançaram excelência nesta área. Ele concluiu que “esta iniciativa da ANEFAC contribuirá significativamente para elevar o patamar das práticas ESG no mercado brasileiro, estimulando uma competição saudável entre as empresas e, consequentemente, gerando mais valor para a sociedade.” 

Denise Saboya ressaltou que “o Prêmio ANEFAC de Boas Práticas ESG teve sua primeira edição em outubro de 2024, visando distinguir e reconhecer as melhores empresas em relação às práticas ESG.” Ela explicou que o prêmio busca reconhecer boas práticas de gestão empresarial para a sustentabilidade no Brasil, que contribuam de forma exemplar para o sucesso econômico das empresas, para a construção de uma sociedade mais justa e próspera e para a preservação do meio ambiente em nosso país. 

Saboya compartilhou sua experiência, afirmando que “participar deste projeto foi uma experiência enriquecedora e inspiradora, e agradeço à ANEFAC pela oportunidade, honrada em ter feito parte da Comissão Técnica.” Ela descreveu a jornada como incrível, ao lado de profissionais extremamente qualificados. “O Prêmio seguiu critérios técnicos nas dimensões E – Ambiental, S – Social e G – Governança, e os esforços das Comissões Técnica, Acadêmica e Julgadora foram fundamentais para alcançarmos o sucesso da premiação.” Denise parabenizou a organizadora vencedora, a Suzano, que possui suas boas práticas nas dimensões ESG inseridas na estratégia de negócios, assim como as outras finalistas, Irani, Sanasa e Sanepar, que também são referências em boas práticas ESG. “Parabéns novamente à ANEFAC, à vencedora e contem comigo para os próximos desafios.” 

Tatiana Ricci, como membro da Comissão Técnica do Prêmio ANEFAC de Boas Práticas ESG, explicou que “participei do desenvolvimento da metodologia de avaliação e de critérios rigorosos para identificar o estágio de maturidade das práticas ESG das empresas participantes.” Ela destacou que o objetivo foi compreender como cada organização avança nos eixos Ambiental, Social e de Governança, levando em consideração a materialidade apresentada por cada empresa em suas divulgações. 

Tatiana mencionou que o grupo foi composto por três comissões: Técnica, Acadêmica e Julgadora. “Cada comissão recebeu uma lista específica de critérios, separadas pelos eixos ESG, o que permitiu uma avaliação aprofundada e direcionada ao estágio de maturidade de cada prática”, afirmou. O papel da Comissão Técnica consistiu em avaliar a transparência das práticas ESG e o impacto dessas práticas na cadeia de valor de cada empresa. 

Ela ressaltou que, após essa etapa, as empresas avançaram para a análise da Comissão Acadêmica e da Comissão Julgadora, que realizaram a seleção final. “O processo foi enriquecedor e nos proporcionou uma visão detalhada do compromisso das empresas com a sustentabilidade, assim como da forma como estão incorporando normas financeiras de sustentabilidade (IFRS S1 e S2).” 

Tatiana também destacou o valor da troca de experiências com os colegas das comissões, que foi fundamental para seu aprendizado pessoal e profissional, permitindo uma compreensão mais ampla dos desafios e das melhores práticas em ESG. “Acredito que critérios como transparência, engajamento com stakeholders, demonstração de impactos positivos e negativos, e alinhamento com normas financeiras de sustentabilidade foram essenciais para reconhecer as empresas que se destacaram neste prêmio, posicionando-as como exemplos para o mercado.” 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.