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Empreender com impacto significa equilibrar o crescimento econômico com a responsabilidade social e ambiental 

No cenário atual de empreendedorismo, muitas empresas estão buscando não apenas o lucro, mas também um impacto positivo nas comunidades. Juliane Lemos Blainski, CEO da ManejeBem, acredita que empreender com responsabilidade social e ambiental é essencial para desenvolver negócios sustentáveis. Sua empresa, uma agtech, não apenas busca o crescimento econômico, mas também promove impactos sociais e ambientais positivos nas comunidades rurais. 

Atuando no agronegócio, o modelo de negócios da empresa busca se conectar com o campo, enfrentando os desafios dos pequenos produtores e desenvolvendo soluções sustentáveis. “É gratificante ver como um pequeno ajuste técnico ou a introdução de uma nova ferramenta pode transformar a vida de uma comunidade inteira”, afirma ela. Com essa ajuda, os agricultores podem aumentar sua produtividade, melhorar a qualidade de vida e beneficiar suas famílias e o mercado local simultaneamente. 

Entretanto, ela ressalta que o verdadeiro desafio reside na sustentabilidade financeira dessas iniciativas, pois é preciso garantir que o impacto social e o retorno econômico caminhem juntos, criando soluções viáveis independentemente do tipo de negócio. 

Blainski acredita que qualquer empreendedor pode gerar impacto social em suas comunidades, independentemente do modelo de negócios. O primeiro passo é identificar um problema a ser solucionado e como a atuação da empresa pode melhorar a vida das pessoas ao redor. Ela sugere diversas estratégias, como implementar práticas ESG, valorizar e capacitar funcionários, e oferecer produtos ou serviços acessíveis a públicos necessitados. “O impacto real surge quando essas ações se tornam contínuas e se integram à cultura da empresa”. 

Construindo uma cadeia de valor sustentável 

Para criar uma cadeia de valor sustentável, Blainski aposta na colaboração entre todos os elos do setor. Ao conectar agricultores, indústrias e consumidores, garante-se que todos tenham incentivos para crescer de maneira sustentável. Ela lista alguns pontos fundamentais para essa construção: capacitação e inovação, transparência e rastreabilidade, parcerias estratégicas e demanda por produtos responsáveis. 

Essas ações não apenas transformam negócios, mas também geram um impacto positivo em larga escala, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento social e econômico. Ao citar como exemplo sua empresa, ela destaca o modelo de negócios tripartido, que inclui projetos personalizados, ferramentas tecnológicas e consultoria ESG. Trabalhando em colaboração com empresas, governos e organizações, ela implementa soluções que aumentam a produtividade agrícola, melhoram a rastreabilidade da produção e fortalecem cadeias produtivas sustentáveis. 

A empresa utiliza metodologias que combinam assistência técnica presencial e digital, garantindo que os pequenos produtores tenham acesso ao conhecimento e aos recursos necessários para prosperar. Além de atender a demandas de sustentabilidade, oferece soluções para a mensuração de impacto socioambiental, ajudando grandes empresas a atender aos requisitos ESG e a melhorar suas relações com fornecedores e comunidades. 

Juliane Lemos Blainski, CEO da ManejeBem

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