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CFO deve assumir um papel estratégico na liderança da inovação contábil 

Na dinâmica atual do mundo corporativo, a trajetória e as responsabilidades de um CFO (Chief Financial Officer) vêm passando por uma transformação significativa. Não mais limitados às funções tradicionais de gestão financeira, os CFOs estão cada vez mais à frente da inovação contábil e do pensamento ágil, elementos essenciais na liderança de empresas que buscam se posicionar na vanguarda da transformação dos negócios. Este novo paradigma destaca a importância de adaptabilidade, visão estratégica e capacidade de antecipar tendências, redefinindo o papel do CFO como um catalisador crítico para o crescimento e a inovação dentro das organizações. 

Na visão de Marcus Cardoso, atual CFO da Sympla, a experiência em liderança contábil ajuda a moldar uma abordagem estratégica no papel de CFO. Com uma trajetória profissional diversificada, que inclui passagens significativas por grandes auditorias, consultoria em Capital Markets e atuação no Private Equity, ele pontua que as diferentes fases de sua carreira contribuíram para o seu desenvolvimento como um líder financeiro preparado para os desafios do presente e do futuro. 

Nos primeiros 15 anos, sua carreira se desenvolveu em Big 4, envolvendo auditoria externa e consultoria para captação de recursos através de IPOs e emissões de dívidas. Posteriormente, a experiência no Private Equity de um banco de investimento se revelou crucial, permitindo aprender como desenvolver teses de negócios e construir empresas do zero. Cardoso destaca a importância de se adaptar, passando de uma perspectiva mais cartesiana de auditor para um olhar estratégico capaz de antecipar o futuro dos negócios. 

Essa habilidade de visualizar o futuro, aliada à compreensão aprofundada das demonstrações financeiras, equilibra a função do CFO entre o controle e o planejamento financeiro (FP&A), habilitam esse profissional a tomar decisões que impactam diretamente nos resultados da empresa. Cardoso salienta a relevância da modelagem financeira e da comunicação eficaz com o restante da companhia, aspectos que considera essenciais para atuar como um verdadeiro orquestrador estratégico. 

Sua experiência no iFood, onde liderou a Controladoria e Tesouraria durante um período de crescimento explosivo de 12% ao mês, exemplifica a necessidade de inovação e agilidade na área contábil. Diante de operações manuais e a ausência de processos eficientes, ele implementou um plano de automação e tecnologia para suportar a escalabilidade das operações, um movimento decisivo para evitar que o back office se tornasse um obstáculo ao crescimento. 

Ao montar uma equipe capaz de implementar o Order to Cash do zero e reduzir discrepâncias significativas nos processos, Cardoso acredita no valor de adotar uma mentalidade de startup, que privilegia a resolução de problemas complexos com recursos limitados. Esse enfoque permite uma implementação rápida e eficaz, distinta da abordagem mais cautelosa e gradual das empresas tradicionais. 

Para ele, o desafio de implementar mudanças significativas sem muitos recursos é o que torna a experiência em startups excepcionalmente recompensadora. A autonomia para executar, aprender com os erros e adaptar-se rapidamente são aspectos que, segundo Cardoso, diferenciam a contabilidade em startups daquela praticada em ambientes mais convencionais. 

Por fim, Cardoso aponta para a relevância das startups no cenário contábil contemporâneo, especialmente no que tange à organização financeira desde os primeiros estágios de desenvolvimento. A consciência sobre a importância dos relatórios financeiros na captação de investimentos destaca-se como um fator crucial, evidenciando que uma gestão financeira rigorosa é imprescindível para o sucesso e a sustentabilidade do negócio. 

Marcus Cardoso, atual CFO da Sympla

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